domingo, 21 de junho de 2015

Savior.

Depois de tantos anos, voltar assim é meio complicado.

Não vou começar dando boas vindas de novo (até porque ninguém lê mesmo hahaa). No passado eu tinha mais tempo e inspiração para escrever tudo que eu tinha vontade, agora já é um pouco mais difícil. Eu há um bom tempo, já lembrava da existência desse meu antigo blog, só não lembrava a senha ahaha E a verdade é que, mesmo sabendo sobre o que escrever, depois de todos esses anos sempre tive medo, apesar de parecer que não.

A verdade é que, depois de uma longa conversa sobre nostalgia e passado hoje pela noite com uns amigos, fiquei um pouco encabulado sobre tudo. Eu nunca gostei de parecer frágil para as outras pessoas, pelo contrário: Desde que eu me conheço por gente, apesar dos pesares eu sempre tentei demonstrar o máximo de força possível! Quando tudo estava uma merda, estava meu outro eu ali falando por mim que eu daria a volta por cima e que tudo daria certo. Tenho quase certeza que você que me conhece, sabe melhor do que eu. Sabe que em cima dessa frágil pele existe uma invisível e indestrutível armadura de orgulho que, desde que foi vestida, me impediu de ser feliz. Nos impediu.

Não queria escrever palavras de redenção nessa altura do campeonato, porém tais versos vem em minha cabeça desde muito tempo, e creio que ainda virão por bastante tempo. Apesar de eu ser um eterno babaca egoísta, eu só queria que as coisas se acertassem e, quem sabe um dia, tudo voltasse à ser como era antes para todo o sempre.

"Para todo o sempre..."

domingo, 30 de outubro de 2011

Um pouco mais além.

Já percebeu como as coisas se conectam?

  É estranho, você traça planos e metas sobre o futuro não tão distante e de uma hora para a outra percebe o quão idiota era isso tudo. Algo tão recente começar a fazer todo o sentido e, de repente percebe que tudo mudou, tudo mesmo.

 É difícil de falar nessas horas, de se expressar, quando a pessoa que você mais está pensando não está do seu lado, não fisicamente. É complicado também relembrar indiretamente das coisas do passado, o quanto você se machucou, e o medo e a insegurança de se machucar mais uma vez. É como uma primeira vez em uma bicicleta sem rodinhas. Você anda um pouco, cai, se machuca, chora, se levanta, e tenta mais uma vez, só que dessa vez com alguém do seu lado, segurando a sua mão.

E é exatamente esse momento. Eu caí, me machuquei, mas encontrei a pessoa certa para poder dar a mão, e continuar seguindo.

Sabe, é estranho, porque mesmo depois de ter dito tudo que tinha pra te dizer, ainda sinto como se tivesse sobrado muito ainda não dito. É muito difícil tentar se manifestar com alguém que na maioria das vezes te deixa sem palavras, sem reação, apenas com uma brincadeira, com um simples sorriso ou um olhar... Logo eu, quem diria.

A verdade é que sim, você apareceu de uma hora para outra na minha vida, e sim, eu duvidei da sua capacidade de ser algo tão maravilhoso nela.
Muito engraçado ver hoje em dia como as pessoas reclamam da vida, porque eu, só sei sorrir quando pensa nela.. e em nós dois. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Übermensch


Deus quer que as pessoas achem que a  religião seja uma barreira que divida as pessoas que estavam lado-a-lado. Quer hipocrisia e guerra constante, e o senso-comum ele manda ignorar.  Deus quer exploração, que sua voz seja ouvida. E a propagação de doenças que nunca serão curadas.  Ele quer riquezas,  “Esta é a minha palavra” ele dirá. Enquanto milhões de pessoas empobrecem, caem e morrem. 

Bem, aqui estou Deus, duvidando de sua existência, questionando sua onipotência.  Todos que sofrem, dizem que é sua vontade!  E para todos você jamais mostrará sua imagem. Aos olhos dos crentes e da congregação, estou condenado ao inferno, por merecer esta maldição.  Mas como eu escolhi pensar livremente, não tenho que escutar as vozes impiedosas deste ser imaginário e nem de ninguém.

E no fim você pode perceber que isso não era o que você realmente acreditava. A única certeza é que a vida é cheia de incertezas. E a verdade pode ser que a vida seja uma grande piada, mas nós nunca saberemos. 

Liberte a sua mente,  Ateísmo. 




domingo, 11 de setembro de 2011

Swing life away.

Tipo,  pode parecer estranho eu dizer isso mas, um dia possui 24h, todos sabem disso (óbvio), mas mesmo assim temos a mania de dizer que um dia passa muito rápido, e outro muito devagar. Hoje o dia teve a impressão de ter sido bem longo, e como ultimamente eu ando um pouco escamado, fui percebendo os detalhes dele. 

E como nos mínimos detalhes, não pude deixar de perceber nossas atitudes. Diz a lenda que somos conhecidos pela nossa inteligência, pelos nossos avanços, que em filmes somos isso e aquilo. E cara, não somos nada. É aquele papo das 8 inteligências. Você NUNCA saberá tudo! Você é foda naquilo e naquilo, mas naquelas outras coisas você é um merda.  E é ai que você percebe que, assim como todas as pessoas que cometem erros, os semelhantes a tua volta vacilam junto contigo.

Mas como assim? Porque eu estou falando tudo isso?

É, vacilam, e feio. Sabe, isso é mais um desabafo do que um registro. Essa não é uma carta de redenção, diferente de todas as outras que escrevi, pois nessa eu penso muito mais em mim do que qualquer outra pessoa.  Sabe, construímos muros para nos proteger,  e é por esses muros que por incrível que pareça ficamos fortes, e quando ele cai, nós caímos junto, e quando isso acontece, só o que nos resta é o nosso orgulho.

Mas é ai, quando caímos, que temos coragem para nos levantar.

Ai ai, a coragem... É o que nos falta. Somos os seres perfeitos, somos o futuro, somos tudo! Mas nos falta coragem. Coragem para encarar as pessoas, para nos amarmos sem medo de nos comprometermos, e para principalmente perdoar os que nos feriram! Acho que esse é o ponto crucial. É até engraçado eu falar sobre isso, porque eu, assim como muita gente, sou um medroso. Coragem é o que nos falta, e é o que principalmente ME falta.

Mas é isso, acho que por isso sou um covarde e sigo em frente, mesmo sabendo disso. E é como meu ex-professor Fernando, que morreu, sempre dizia:

“Mas quem disse que a vida é fácil?” 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

We'll never know

Eu estava à uns dias atrás fazendo uma limpa no meu armário, eis que me deparo com um papel escolar de março de 2009, do meu ex-professor de Sociologia e Filosofia, Luís Cesar,  com um texto contido nele. Curioso com o conteúdo do texto, resolvi lê-lo depois de muito tempo, e foi aí que eu tive uma surpresa.


  A Falsa Eternidade

     O verbo prorrogar entrou em pleno vigor, e não só se prorrogaram os mandatos como o vencimento de dívidas e dos compromissos de toda sorte. Tudo passou a existir além do tempo estabelecido. Em conseqüência não havia mais tempo.

 Então suprimiram-se os relógios, as agendas e os calendários. Foi eliminado o ensino de História, para que História? Se tudo era a mesma coisa, sem perspectiva de mudança.

          A duração normal da vida também foi prorrogada e, porque a morte deixasse de existir, proclamou-se que tudo entrava no regime de eternidade. Aí começou a chover, e a eternidade se mostrou encharcada e lúgubre. E o seria para sempre, mas não foi. Um mecânico que se entediava em demasia com a eternidade aquática inventou um dispositivo para não se molhar. Causou a maior admiração e começou a receber inúmeras encomendas. A chuva foi neutralizada e, por falta de objetivo, cessou. Todas as formas de duração infinita foram cessando igualmente.

 Certa manhã, tornou-se irrefutável que a vida voltara ao signo do provisório e do contingente. Eram observados outra vez prazos, limites. Tudo refloresceu. O filósofo concluiu que não se deve plagiar a eternidade.

 Carlos Drummond de Andrade   ”

Eu me lembro, que naquela época, quando eu recebi esse texto, eu não tinha entendido nada sobre o mesmo, achava-o até engraçado. Mas depois desses anos, tive a oportunidade de lê-lo novamente, e perceber o quão sem noção éramos, e ainda somos. No dia que eu li este texto pela primeira vez, eu achava que eu sabia de tudo, era o dono da verdade, e com o passar de apenas 2 anos, numa vida que mal começou, pude perceber que eu não era nada. E o engraçado disso tudo, é que amanhã, eu posso perceber que hoje eu não sou nada, e assim infinitamente.

Será que a perfeição está tão longe assim? Ou será que nunca iremos encontrá-la? Disso não sabemos, mas é legal saber o quanto evoluímos sem perceber. Eu só pude sentir a sensação de que estamos evoluindo, todos nós, ora devagar, ora rápido. Mas essa sensação não tem nome, e muito menos da para descrever!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um Homem Só

Não há nada de divino, nem sobrenatural.
É dar um passo à frente, confiar.
Fazer diferente e enfrentar a escuridão, não vai ser fácil... mas nunca foi.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tristes Fins


Esse clima frio junto a essa sensação de nostalgia, e essa Petra desce muito bem.. e como desce. A cada gole, a cada rajada do vento ou a cada calafrio, uma imagem me toma a cabeça.. Imagens mais que selecionadas, partes de mim, divididas, queridas, amadas. As lembranças perfeitas, na cabeça de um mero aprendiz.. uma criança, um jovem. Nesse mundo imenso, aonde pensamos que somos donos da verdade ou de nosso próprio nariz, na verdade não somos nada. Um mundo perfeito, aonde não existe nada de ruim.. pessoas, situações, sentimentos ruins..

Estou saturado de tudo isso. Saturado de ter que aturar toda essa gente, essa hipocrisia, estes falsos profetas. Cansado de ter que ser controlado por pessoas medíocres. Esgotado de poder ver a derrota estampada na cara dessas pessoas de mente fraca.  

É engraçado ver como as pessoas buscam desesperadas por respostas como se elas fossem a coisa mais importante do mundo. Elas olham para o céu e se perguntam o motivo dele ser azul, mas não prestam atenção o simples fato dele SER azul.

Espero que o futuro possa ser diferente, tanto para todas essas pessoas, quanto à mim. Estou muito cansado de poder dar confiança a pessoas que me apunhalam, estar rodeado de toda essa falsidade, e principalmente, de todo esse sentimento que me controla nos últimos dias.

E por fim, junto ao meu resto de lucidez e o último gole da Petra, eu brindo a todos aqueles que realmente fazem a diferença. Um brinde a este idiota cretino, aos meus amigos, a ela, a minha família, e nesse exato momento a Fernanda, que além de ter se transformado em alguém mega especial para mim, completa mais um ano de vida.

E quanto ao restante? Bom, digo que vivam. Façam o que sabem fazer de melhor. E obrigado pelas lições aprendidas, tanto más quanto boas, mas o retorno ainda vai vir, um dia.